Usemos os nossos talentos para realizar o bem

Usemos os nossos talentos para realizar o bem

Homilia Diária de 1º de Setembro de 2018.

A questão não é ter mais ou menos, a grande questão da vida é o uso que fazemos dos nossos talentos

“‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’” (Mateus 25,26-27).

A bonita parábola dos talentos mostra-nos o investimento que Deus realiza em nossa vida. Deus é aquele que coloca os talentos da vida em nossas mãos. Recebemos dons, capacidades e disposição para realizar muitas coisas na vida, portanto, todos nós temos talentos, dons e capacidades. A questão não é a quantidade de dons e talentos, a questão não é ter mais ou menos, a grande questão da vida é o uso que fazemos dos nossos talentos.

O Senhor está, hoje, repreendendo o servo que é mau e preguiçoso. Então, são duas coisas que não podemos fazer com os talentos que temos. O primeiro é sermos maus ou usarmos de forma errada e má os talentos que temos, usá-los para realizar maldades. E aqui todo o problema do pecado, da corrupção que, muitas vezes, entram em nós e vão corrompendo os melhores dons que nós temos. Até podemos multiplicar os dons, mas os usá-los de forma má é o mesmo que não os usar, porque destroem o bem em nós e o bem que está no outro.

O ponto-chave do Evangelho de hoje é que o servo não só foi mau, mas foi preguiçoso. E ser preguiçoso é sinônimo de ser relaxado, é uma pessoa inerte, que não leva adiante e, simplesmente, quer ver o mundo acontecendo, não é capaz de se virar nem de fazer as coisas acontecerem.

Nenhum de nós pode deixar a vida cair na inércia, não importam as dificuldades que tenhamos nem os limites que possamos conhecer. Eu sou um profundo admirador das pessoas que têm limites físicos; elas se superam e dão exemplos para nós, porque são capazes de fazer algo mesmo com esse limite que têm na vida. Não são os limites que nos podam, mas é a preguiça que nos retêm, é a falta de nos lançarmos e nos jogarmos; é, muitas vezes, ficarmos parados reclamando, murmurando ou invejando o talento que o outro tem, porque é algo muito mais danoso para o nosso espírito e criatividade olhar o que o outro tem e não o que nós temos ou somos capazes e podemos.

Não seja mau nem permita que a inveja e a preguiça impeçam você de crescer, de ir para frente, de superar-se e dar mais com o dom e o talento que você tem.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.comFacebook

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