A família é uma graça que brota do coração de Deus

A família é uma graça que brota do coração de Deus

Homilia Diária de 17 de agosto de 2018.

A família, acima de tudo, nasce do amor do homem e da mulher, do amor que brota de dois corações que se tornam uma só realidade

“‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mateus 19,5-6).

Estamos celebrando a beleza do amor conjugal, a união do homem e da mulher. Eu não queria que nós analisássemos a vida matrimonial e familiar a partir dos aspectos negativos, porque, se formos olhar para eles, vamos perceber que a família é uma tragédia, quando, na verdade, a família é uma graça que brota do coração de Deus. Lá do princípio, criando o homem e a mulher, Deus os uniu para que fossem uma só carne.

Precisamos resgatar os valores do matrimônio e da vida conjugal. A família, acima de tudo, nasce do amor do homem e da mulher, do amor que brota de dois corações que se tornam uma só realidade. É claro que cada um com as suas diferenças: o homem é homem com as suas características próprias, e ele não precisa se anular. A mulher é essa graça divina, com toda a sua alma feminina. Os dois se unindo, complementam-se e formam essa linda potência, que faz brotar e gerar a vida humana. Então, vêm os filhos, que enriquecem a convivência e a união conjugal. Eles são brotos que nascem dessa união maravilhosa.

Sem querermos desconsiderar todas as dificuldades que possam haver na união conjugal, podemos dizer que só superamos as dificuldades quando voltamos para a origem da nossa própria vida, da nossa história e a origem de todas as coisas.  É Jesus quem está dizendo que Deus, no princípio, fez uma só carne, portanto, aquilo que Deus uniu não é o homem quem vai determinar nem separar.

Não quero me deter apenas no aspecto de um casal que se separa, pois não podemos aderir, de forma nenhuma, à mentalidade do mundo em que vivemos, que trata a união conjugal como algo descartável e momentâneo, e esquecer que fomos feitos para a eternidade.

A eternidade começa quando aprendemos a viver, na Terra, escolhas definitivas. Quando pensamos em casar, não pensamos fazê-lo por um dia ou um mês, pois se vierem circunstâncias contrárias, não é nelas que vamos nos deter, mas é em ter sempre na mente o que é essencial: o que Deus uniu o homem vai lutar, trabalhar e rezar, para que seja sempre sagrado e jamais separar aquilo que Deus fez uma só carne.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Contato: padrerogercn@gmail.comFacebook

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